Desde que a Internet se tornou fonte de renda para muitas pessoas, novas profissões surgiram; se analisarmos o mercado de web hoje então, podemos ver diversos profissionais especialistas em áreas que há 5 anos atrás nem existiam. Algumas profissões são adaptações do que já se via no mercado de comunicação e marketing, outras surgiram com a necessidade de trabalhos mais profissionais e de acordo com as novas tecnologias e tendências do mundo da comunicação digital.
Eu mesmo, sou especialista em um ramo que até 2002, 2003 mal se ouvia falar nas agências: Planejamento Estratégico Digital, sou responsável por entender o que é a marca, seu consumidor e como fazer algo relevante para que esse consumidor seja impactado e compre produtos daquela marca, essa função já existe a muito tempo em agências, desde que o mestre Jon Steel resolveu adaptar algumas disciplinas de atendimento e pesquisa em uma nova área: Planejamento, com o avassalador crescimento da internet se adaptou esse profissional ao mercado digital, surgindo o especialista, assim como eu.
Dentro de uma agência, além do famoso trio criação (diretor de arte + redator) + Tecnologia + Atendimento – que muitas agências ainda trabalham – surgiu o gerente de projetos, um profissional responsável por “fazer a coisa acontecer”, controlando prazos e recursos tanto tecnológicos como humanos; depois veio o profissional denominado arquiteto da informação, responsável por organizar as informações, links, banners, conteúdos dos sites de forma harmoniosa e de fácil acesso aos usuários, junto a esse profissional, surge o especialista em usabilidade com funções similares. Ambos trabalham junto assim como a famosa dupla de criação.
Em 2004 surgiu no mundo um site chamado Orkut. Uma Rede Social do Google, que revolucionou o mercado de Internet sendo o principal responsável pelo conceito web 2.0, onde o usuário detinha o poder, aliás, a cada dia ele detém mais. No começo, Redes Sociais e Blogs eram coisas de adolescentes, logo as marcas não estavam interessadas em estar presente nesse meio, entretanto em pouco tempo, se percebeu que comunidades como “eu amo o McDonalds” ou “Quero Doritos de 5kg” estavam sendo altamente relevantes, os usuários estavam expondo ali seus desejos para quem quisesse ler; isso para os planners era uma pesquisa altamente relevante e de graça, logo as agências começaram a monitorar diariamente essas mensagens, “scraps” e comunidades. Surgiram até mesmo empresas especializadas em monitorar o que se fala das marcas na Internet, incluindo todas as redes como Orkut, Facebook, Twitter, Hi-5, MySpace, Beltrano, Limão entre outras milhares.
A evolução disso foi rápida quando começou a se pensar: “ok, as pessoas estão falando das marcas espontaneamente, mas como as marcas podem fazer essas mesmas – ou outras – pessoas falarem bem delas?” É ai que surge mais uma área dentro de uma agência digital, uma área que a cada dia necessita de mais profissionais, que são raros: Analistas de Mídias Sociais.
O perfil desse profissional não pode ser outro a não ser um jovem entre 18 e 25 anos, podendo ser homem ou mulher, com algo em comum: paixão pela web! São jovens que nasceram com a Internet e não conseguem viver sem ela. São jovens que acordam com o celular na mão, após a escola ou faculdade, passam a tarde em frente ao micro conversando com os amigos via dezenas de ferramentas, como por exemplo, um MSN, um Scrap no Orkut, um tweet no Twitter, tudo ao mesmo tempo, diga-se de passagem; são jovens que marcam encontros físicos pela web, se relacionam pela web, pesquisam, compram, jogam, namoram tudo de dentro de suas casas, ou do trabalho, Lan houses, escola entre outros pontos de acesso.
Em meu livro, Planejamento Estratégico Digital (Ed Brasport) eu escrevi um sub-capítulo sobre a Helena, a garota digital. Em uma homenagem a minha prima, ainda com 6 anos, eu descrevi como será o dia-a-dia dela daqui 10 anos, quando ela estiver na transição escola – cursinho e já começar a pensar em seu futuro, onde ela acordava ouvindo seu iPod, tinha um blog que escrevia diariamente e até ganhava dinheiro com ele, com programas de afiliados, conversava com os amigos por dezenas de softwares e até as viagens de seus pais ela programava pela web; é esse tipo de pessoa que as agências estão buscando para serem seus analistas de mídias sociais, não devem ser apenas pessoas que conheçam as redes, mas pessoas que saibam como interagir, como gerar conteúdo relevante e como fazer as pessoas falarem bem das marcas.
Sabe-se que a propaganda boca-a-boca é a mais eficiente do mundo. As pessoas acreditam muito mais na opinião da família e amigos do que um comercial de 30” na Rede Globo; é mais fácil eu comprar um carro que o meu pai me indicou do que comprar o que aparece no comercial da novela “Viver a Vida”, e isso não acontece apenas comigo, com você, amigo leitor, também; assim como eu, minha prima Helena ou qualquer outra pessoa você é um influenciador de compras, como também é uma pessoa influenciada; as redes sociais ajudaram a potencializar essa propaganda, por isso, que mesmo devagar as marcas querem, desejam e precisam saber como lidar, pois querendo ou não elas já estão nas Redes, mas precisam de pessoas que analisem o que se fala e melhorem a imagem das marcas, atraiam mais pessoas para suas comunidades através de conteúdos relevantes, que conversem em nome da marca com seus consumidores, que pesquisem, analisem o que está sendo falado e sugira diversas ações com esse público fiel, esse é o perfil que as agências buscam em um profissional de redes sociais. Você está preparado?
.por felipe morais: omelhordomarketing.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário