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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Redes sociais: o novo marketing pessoal e empresarial do século XXI

Costumo dizer que a internet não é uma rede de computadores, é uma rede de pessoas. Analisando detalhadamente tal afirmação, podemos perceber que o relacionamento na web tem se tornado cada vez mais "real". Sabemos que no mundo dos átomos, dito offline, os relacionamentos que uma pessoa tem são o principal fator para que tal pessoa gere mais oportunidades em sua carreira. Sendo a internet uma extensão natural de tal ambiente e estando ela cada vez mais social, a grande rede reproduz o mesmo modelo, porém, com muito mais intensidade.

Enquanto na sociedade tradicional, temos contato com dezenas de pessoas, no mundo online, podemos aumentar esse número para a casa das centenas ou milhares. Logo, isso faz com que aquilo que já acontecia no nosso dia a dia há décadas, na internet continue acontecendo com muito mais eficiência.

As redes sociais, na web, são o meio onde as pessoas se reúnem por afinidade. O que as barreiras geográficas impediam no "tempo do cartão de visitas" deixa de existir com a internet. O número de conexões de relacionamentos, agora não mais limitados pela dimensão do espaço, aumenta significativamente. Esse aumento por si só tem uma clara consequência: cria uma quantidade tamanha de possibilidades que gera uma extrema qualidade de contatos em qualquer campo de interesse - seja ele carreira, hobbies, campo afetivo ou cooperativo.

As redes sociais, aos poucos, vão se definindo como uma imensa praça global em que o ímã da afinidade coloca iguais no mesmo grupo fortalecendo suas próprias habilidades e conhecimentos. O grupo se torna mais forte à medida que mais pessoas com a mesma sintonia a ele se agreguem.

Para utilizar as redes sociais, de certa forma é preciso agir como na nossa vida real. É preciso tomar alguns cuidados com privacidade e transparência. Ao contrário do que muitos pensam, que na internet todos são anônimos ilustres, na realidade, a transparência fala mais alto. Qualquer informação enganosa é descoberta rapidamente e a crítica pode ser postada (e permanecer pública na posteridade) em algum blog ou site, manchando por muito tempo a imagem que se demora tanto para construir.

É preciso estar visível em todos os seus grupos de interesse, ou redes sociais afins aos seus objetivos de carreira. Seu segmento é o de pequenas e médias? Esteja nas redes sociais ou comunidades que tratam desse tema. Seu segmento é automobilístico? Esteja em discussões de blogs e fóruns sobre tal assunto. Sua visibilidade, constância, coesão e coerência de seus argumentos irão naturalmente construir sua imagem e torná-la real em um mundo virtual.

Trabalhar redes sociais para carreira passa primeiro por uma boa estratégia de distribuição de conteúdo próprio (e original, lógico) para, primeiramente, gerar credibilidade. No mundo virtual, qualquer um pode falar que é qualquer coisa. Lembro-me que no falecido Second Life a imagem de um amigo meu era a do minotauro. Todavia, para gerar consistência e se destacar dos outros, é preciso gerar credibilidade a médio prazo. A imagem deve ser construída de maneira sólida e contínua, não imposta de um dia para o outro como uma recém-construída cidade chinesa.

Para empresas, ou no marketing empresarial, o cenário não é muito diferente. Em um mercado em que a tecnologia é uma commodity e que o consumidor procura cada vez mais por qualidade de vida acima do dinheiro, vivemos uma renascença digital em que os olhares se voltam para o próprio homem e a pessoa se torna mais importante que o cargo. A plateia se torna mais importante que o palco.

Em vista disso, utilizar uma rede social significa estar próximo desse público-alvo, conhecê-lo melhor, mostrar que é uma instituição que se preocupa com pessoas, se tornar uma "persona", não simplesmente uma instituição fria e sem atributos humanos. Uma boa estratégia de redes sociais humaniza a marca e a torna mais próxima de seu público e mais amigável a seus stake-holders. Exemplo disso, é a ampla divulgação que o ranking "Melhores Empresas para se Trabalhar" atinge e torna-se um dos mais importantes critérios de escolha de profissionais de todo o país.

Com relação a mercado consumidor, não existe melhor pesquisa de mercado do que estar em contato direto com os próprios consumidores. Não existe melhor pesquisa do que estar dentro da mente de cada cliente. A rede social permite isso porque nela o consumidor perde algumas barreiras que lhe impedem de falar em uma pesquisa formal. Ali ele é ele mesmo.

Muitas empresas, porém, ainda não estão sabendo trabalhar sua imagem corretamente em redes sociais. Criar um perfil institucional, formal e frio não condiz com tal estratégia. Redes sociais, como o nome diz, privilegiam o social, a pessoa, o indivíduo. O melhor é uma empresa ter um representante humano, uma pessoa que seja a "humanização da própria empresa" e que tenha suas opiniões, suas críticas (algumas delas sobre a própria empresa) e que inspire discussões e modere informações.

Trabalhar redes sociais é uma tendência simplesmente porque o mundo é feito de pessoas. A Internet, como ferramenta natural de interatividade destas, não poderia deixar de seguir tal caminho. Assim, a web deixa de ser uma ferramenta para ser um ambiente, e este depende das ações tomadas pelas pessoas - que se comunicam, se informam, compram e se divertem na web.

O conceito de rede social simplesmente é o de juntar as pessoas que têm afinidade em um mesmo lugar digital, seja um blog, um twitter ou um site interativo. As empresas precisam antes aprender o conceito para depois usar a ferramenta de forma correta. Há quem diga que a rede pode, ao invés de ajudar, prejudicar a imagem de alguém. Pense em quando você conhece alguém em um bar ou uma reunião de negócios. Você rotula a pessoa nos primeiros minutos que a vê, e em seguida, complementa sua opinião anterior com as primeiras palavras dessa pessoa. Muda um pouco sua visão a respeito dela durante os próximos 20 minutos e assim sucessivamente.

Conhecer uma pessoa significa percebê-la e recriá-la na nossa mente do modo como nós a percebemos, não como a pessoa de fato é.

A questão da percepção é inerente ao ser humano, logo, se repete em todos os campos, inclusive na web. Nunca sabemos tudo a respeito de uma pessoa, mas somente podemos dizer que sabemos a respeito dos reflexos que ela deixa em nossas mentes. A credibilidade passa pela percepção, pela coesão e pela quantidade de informações que recebemos sobre algo. Em uma rede social, assim como na vida real, não é diferente. Quanto mais informações e conteúdo uma pessoa transmite a respeito dela mesma na web, melhor é a nossa percepção a respeito dela. Quanto mais coesa é essa informação (não ter opiniões conflitantes, por exemplo, que acontece quando não somos sinceros alguma vez e o que falamos se choca com o que falamos sinceramente), melhor fixamos sua personalidade e posicionamento na sociedade.

"Passar uma imagem errada" geralmente vem acompanhado de "passar poucas informações", "passar informações conflitantes" ou "não tomar cuidado com a sua comunicação".

É importante refletir que na web as informações ficam registradas por muito tempo e são facilmente encontradas e agrupadas comparativamente. É preciso tomar cuidado com nossas atitudes na internet. Ela é um meio público e, como tal, está sujeito a problemas naturais de privacidade. A imagem errada pode ser passada sim, caso estes cuidados não sejam tomados.

Enfim, a internet atualmente não é simplesmente uma mídia, como muitos a consideram. Internet é um ambiente e deve ser tratada como tal.

Fonte: http://imasters.uol.com.br

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